Foram entregues os Prémios de Teatro 2007 que o blog “Guia dos Teatros” organizou.
Na entrega estiveram presentes os vencedores, a imprensa e algumas figuras de relevo do mundo do teatro. A entrega, que foi apresentada pelos actores Vítor de Sousa e Cátia Garcia, com a colaboração do DJ Ricardo Fernandes, decorreu no auditório do Museu Nacional do Teatro que foi pequeno demais para sentar tanta gente que queria saber em primeira mão os vencedores destes Prémios de Teatro 2007.
Estiveram presentes, entre outros, Luis Miguel Cintra, Filipe La Féria, Maria do Céu Guerra, Simão Rubim, Juvenal Garcês, Hugo Rendas, Bruno Schiappa, José Manuel Castanheira, Storytailors, Beatriz Batarda, São José Lapa, Inês Lapa Lopes, José Carlos Alvarez, Fernando Gomes, Telmo Lopes, Amélia Bentes, etc.
Os Prémios de Teatro Guia dos Teatros 2007 tiveram a parceria do Museu Nacional do Teatro e o apoio da Revista Egoísta, Estoril Sol, Água de Luso, Cerveja Bohemia, Centro de Cópias Arco Iris, Magazin Produções, Chá Gorreana, Make Up Forever, Time Out, Hendrick’s Gin, Revista Vogue, Revista Máxima, Bruno Brissos Produções e o “Jornal Conversas de Café”.
Ficou a promessa de que para o ano os Prémios voltarão, estado on-line a partir de Janeiro de 2009 o anuncio do inicio das votações que decorrerão até 25 de Abril. Ficaram ainda no ar outras promessas de mais actividades do Guia dos Teatros, como o saída de uma edição impressa do Guia.
Os vencedores dos Prémios de Teatro Guia dos Teatros 2007 foram:
Melhor Peça “As Vampiras Lésbicas de Sodoma”, encenado por Juvenal Garcês (Companhia Teatral do Chiado)
Melhor Encenador Luis Miguel Cintra pela peça “A Tragédia de Júlio César”
Melhor Texto Original Português “A Minha Mulher”, de José Maria Vieira Mendes Teatro Nacional D. Maria II
Melhor Adaptação Maria do Céu Guerra por “Agosto – Contos da Emigração” Teatro A Barraca
Melhor Tradução “Sweeney Tood – O Terrivel Barbeiro de Fleet Street” Versão de João Lourenço, José Fanha e Vera San Payo Lemos
Melhor Espectáculo Solo “O (I)Mortal – Cabaret Concerto” de Bruno Schiappa
Melhor Espectáculo Infantil “O Barbeiro de Sevilha” encenação de Fernando Gomes (Teatro Infantil de Lisboa)
Melhor Actor Simão Rubim em “As Vampiras Lésbicas de Sodoma” Companhia Teatral do Chiado
Melhor Actriz Maria João Luis em “Stabat Mater” Artistas Unidos
Melhor Actor num papel Secundário Bruno Schiappa em “Presos no Gelo” Teatro Nacional D. Maria II
Melhor Actriz num Papel Secundário Beatriz Batarda em “Quando O Inverno Chegar”
Melhor Elenco Conjunto Teatro Praga em “O Avarento ou a Última Festa” Teatro Nacional de São João
Prémio Make Up For Ever Melhor Actor Revelação Hugo Rendas em “Música no Coração”, “O Principezinho” e “Jesus Cristo Superstar”
Melhor Musical “Musica no Coração” encenação de Filipe La Féria Teatro Politieama
Melhor Musica Original Fernando Mota em “Por Trás dos Montes” Teatro Meridional
Melhor Direcção Musical Telmo Lopes em “Música no Coração” Teatro Politeama
Melhor Cenografia José Manuel Castanheira em “A Filha Rebelde” Teatro Nacional D. Maria II
Melhores Figurinos Storytailors em “Ricardo II” Teatro Nacional D. Maria II
Melhor Coreografia Amélia Bentes em “Ego Skin” e “Cabeças no Ar”
Melhor Desenho de Luz Filipe La Féria e João Fontes em “Jesus Cristo Superstar” Teatro Rivoli
Melhor Sala de Teatro Maria Matos Teatro Municipal
Foram ainda atribuídos alguns prémios pela organização:
Prémio Carreira Maria do Céu Guerra
Prémio Guia dos Teatros Museu Nacional do Teatro
Prémio Técnico José Manuel Marques
Prémio Critica Associação Portuguesa de Críticos de Teatro recebeu a Drª. Maria Helena Serôdio
Prémio Fernando Amado Espaço das Aguncheiras – São José Lapa e Inês Lapa Lopes
Prémio António Pedro Carolina Mendes (“Cabeças no Ar” – Reposição Teatro Municipal São Luiz)) Companhia da Crinabel
Prémio Frederico Valério Ricardo Afonso – We Will Rock You
Quarta-feira, 28 de Maio, pelas 21.30h na Casa das Artes de V. N. Famalicão, há a exibição do filme Romeno 4 luni, 3 saptamani si 2 zile, traduzido como 4 meses, 3 semanas e 2 dias. Um ciclo do cinema da Roménia em colaboração com o cinbeclube de Joane, que também trouxe à mesma sala de espectáculos o filme 12:08 East of Bucharest (12:08 A Este de Bucareste).
Suscitou-me elevado interesse em ver este filme quando assistia ao 2007 European Film Awards. Surpresa das surpresas foi este filme ter ganho o prémio Europeu para melhor filme do ano, para além do realizador Cristian Mungiu ter conquistado o respectivo prémio Europeu de melhor realizador. Para além disto, 4 luni, 3 saptamani si 2 zile (Roménia) conquista outros prémios de renome, em Cannes (Palma d'Ouro), Estocolmo, Hollywood, Los Angeles, Chicago...
Acima de tudo, estamos perante um dos melhores e mais aclamados filmes europeus dos últimos tempos, disso não há duvida! Mas este filme, que se apoia em cenas longas e em ritmos lentos mostra ser muito mais do que aparenta. Sobre tons de cores carregados e cheios de contraste, 4 months, 3 weeks and 2 days é um filme deveras violento. Mostra o desespero de uma jovem estudante que tudo faz para que lhe possam ajudar neste momento de angústia. Reflecte sobretudo a realidade nua e crua de uma Roménia passada à 20 anos. Espero que hoje em dia os meios sejam diferentes daquilo a que assistimos neste filme. Otilia, amiga e protectora de Gabita procura a todo o custo arranjar uma solução para o problema da sua amiga. Envolvem-se numa rede criminosa e obscura na qual nos é apresentado um personagem que reflecte alguma esperança para a rapariga devastada. Inevitavelmente, é neste ponto que começamos a entrar no medo e no desespero de Gabriela 'Gabita' Dragut. Também é possível que se estabeleça um ligeira conexão (para quem viu) com o filme Vera Drake, dado o tema envolvido, o contraste utilizado na imagem, o uso corrente ao silêncio... É um filme de ironias, do inicio ao fim, mas Cristian Mungiu não as coloca à nossa mercê e deixa sempre uma dica para aqueles que a querem seguir: um jantar de aniversário em família e amigos de longa data cujo tema de conversa são os filhos e demais interesses da vida e Otilia lá se encontra, dividida entre o sofrimento da amiga e a vontade do namorado, absorta de tudo e de todos; dois gatos recém nascidos encontrados na rua estão disponíveis para adopção e Otilia não hesita em lhes levar um pouco de leite em pó; um pedido final depois de tudo resolvido, um copo de agua mineral, pura, para limpar uma consciência impura; e "And I'm In Love With You" como o único tema ouvido no filme, quando na verdade ninguém acaba por estar apaixonado por ninguém. 4 months, 3 weeks & 2 days é uma contagem decrescente para um momento único de verdade e decisão absoluta, onde ainda há tempo para nos envolvermos no que vai ou não vai ser feito. Meses, semanas, dias... 4, 3, 2... agora é o momento Único, o momento 1, processa-se em meras horas, minutos até. E assim vemos como se faz uma boa peça de arte cinematográfica, onde jamais é esquecido o factor tempo, crucial nesta matéria. O argumento, também de Cristian Mungiu não é mais do que uma porção de tempo e de espaço daquela que seria uma longa história, pelo que somos introduzidos unicamente ao cerne da questão, ao núcleo do acontecimento dramático, numa fotografia particularmente interessante. Para além dos tons de cor escolhidos, o peso das cenas é transmitido pelo acentuado contraste imposto nas imagens e pela câmara que acompanha o ritmo dos personagens sempre irrequieta, sempre perturbada.
A partir do livro de Ben Mezrich, "Bringing Down the House: The Inside Story of Six M.I.T. Students Who Took Vegas for Millions", o realizador Robert Luketic traz-nos 21 (traduzido em Português para "A Última Cartada"), uma adaptação que tem alguma coisa a ser dita, até porque o próprio livro parte de uma história verídica. Não creio que seja uma adaptação coerente em relação ao que tenha realmente acontecido, mas mesmo assim acaba por ser bastante satisfatório.
Começamos com um excelente aluno, acabado de entrar em Harvard no curso de Medicina. Para conseguir pagar o curso, este aluno com um currículo já invejável concorre a uma bolsa de estudo de 300.000 $ (sim, as propinas são mesmo caras!). Acontece que, como ele, existem muitos outros alunos brilhantes e que também concorrem à mesma bolsa. As hipóteses parecem poucas, a não ser que consiga "deslumbrar" o professor que o vai avaliar e decidir se leva ou não a bolsa de estudo. Entretanto, nas aulas do professor Micky Rosa, este aluno Ben Campbell sobressai-se com algumas teorias estatísticas o que faz surpreender minimamente o professor. Nisto, o jovem estudante é repreendido pelo professor (e mais tarde pela miúda dos seus sonhos) a entrar numa espécie de clube privado onde só entram grandes crânios. Ben aceita, obviamente, e, nesse clube, é treinado a contar cartas. Uma técnica infalível de se ganhar ao popular jogo da sorte BlackJack (conhecido por alguns como 21) em que, numa fase inicial, cada número é associado a uma palavra. Depois, à medida que as cartas vão saindo soma-se ou subtrai-se 1 (conforme a carta) a ver quanto está a soma (se fica igual, se aumenta ou se diminui), tirando daí o proveito de se apostar muito ou pouco para se ganhar ou perder (muito e pouco, respectivamente). Parece confuso? Não parece, é mesmo confuso. O objectivo deste grupo é ir para Las Vegas uns quantos fins-de-semana, liderados pelo professor Rosa, ganhar uns trocos e voltar para Boston. Tudo na legalidade uma vez que contar cartas não é fazer batota (em alguns casinos). A técnica é, de facto, infalível. Dentro do casino o grupo não se conhece entre si. Cada um está estratégicamente a jogar numa mesa de BlackJack. Quando o jogo está a favor fazem um sinal a Ben para este se sentar na mesa para jogar/contar cartas. Agora, aquilo que podia e devia ser um sinal altamente discreto e indecifrável, é na realidade um gesto algo espanpanante. Vá se lá saber como é que um grupo de jovens tão inteligentes fazem um sinal de chamada que dá nas vistas a 10Km de distância... Mas estando já na mesa, o jogo e os sinais são outros. Ao lado está um membro do grupo (que ali não se conhecem) e logo faz um comentário com uma das palavras estudadas. A idéia é dizer a Ben a soma que tem na sua mão e a partir daí o jogo está na mãos dele, ou melhor, na cabeça. E assim o grupo se vai safando e arrecadando quantias avultadas de dinheiro que Ben vai acumulando no tecto do quarto. Safam-se às câmaras e aos olhos de Cole Williams (um Laurence Fishburne deveras violento e bastante adequado ao seu porte), que vê a sua carreira a ficar ameaçada por um novo software de reconhecimento facial que está ser implantado em todos os casinos. Cole tem de fazer alguma coisa para garantir uma boa reforma, e faz de tudo para apanhar nem que seja um mísero contador de cartas. É entao que os problemas começam. Quando tudo parecia estar bem (até Ben conseguira o tão desejado amor de Jill Taylor) e o dinheiro ia surgindo e surgindo, criam-se conflitos, geram-se desavenças e já ninguém se pode ver à frente. O professor sai do grupo, mas Ben decide liderar o mesmo por si só e logo acabam por ser apanhados e metem-se em maus lençóis. Os problemas começam a surgir com mais frequência, entre relações familiares enganosas e amizades que se começam a perder. Ben comete o pecado mortal, joga pela emoção e leva o grupo à ruina. O filme é bastante agradável, mas não é aquilo que se espera. É, de facto, uma boa aventura de um grupo de 6 jovens que merece ser contada. É uma lição de vida. Queriam um motivo para ficarem deslumbrados, pois aqui está um motivo. Não é qualquer um que arrisca tudo (e perde tudo praticamente). Agora, podiam ter feito isto de uma maneira muito diferente, algo mais original, desprenderem-se do que já foi feito, removerem o repetitivo. Disso já nós estamos fartos. É uma pena que se tenham limitado muito ao que se costuma fazer em Hollywood, e o filme peca por isso, apesar de lá no fundo, ser agradável de se ver e muito agradável para quem está mais de fora do assunto. Dou particular interesse às diversas referencias ao número 21 que encontramos ao longo do filme, tornando-o mais interessante. Desde o 21º aniversário de Ben Campbell acabados de fazer ao pequeno jogo que Mickey Rosa faz na sala de aula com Ben Campbell onde este escolhe a "porta" número 1 de pois a número 2... enfim algumas referências para os menos distraídos (se bem que eu costumo ser um nadinha distraído nestas coisas). A realização é moderada, e os actores são bons. Vejo um Kevin Spacey um pouco estagnado mas nada mal, um Laurence Fishburne surpreendente e uns jovens (incluindo Kate Bosworth) no bom caminho. Os cenários não trazem nada de novo e alteram entre o campus do MIT e a The Strip em Las Vegas, passando por uns quartos de hotel e salas de casinos cheias de luxo e brilhantismo. A fotografia também é mais uma que não traz nada de novo, muito polida e com boa colaração. Tem qualidade, é certo. Mas já é tempo de se reinventar. Só com isso é que conseguimos captar mais atenções. Este é um filme vencedor, sem dúvida, e é bem preciso que hajam filmes assim para a arte sobreviver. Mas sairía mais vencedor se não desaproveitassem tanto a história que tinham em mãos. Nesse caso, até poderiam gritar de alegria "winner, winner... chicken dinner".
Prova é a história de uma enigmática jovem, Catherine, da sua irmã, de um pai genial e de um jovem professor. Todos eles são peças de um puzzle na procura da verdade por detrás de uma misteriosa prova matemática. Catherine tenta superar a dura provação da morte do seu pai, um matemático famoso que ao tempo da sua morte já sofre de alguns distúrbios mentais. Precisamente quando a jovem começa a manifestar o medo profundo de se vir a tornar como o pai, a irmã mais velha, Claire, regressa a casa para assistir ao funeral do pai.
Hal, um antigo aluno do pai, começa a aparecer lá por casa e descobre um velho caderno de notas que traz à luz do dia, um segredo bem guardado por Catherine. Esta descoberta vai pôr à prova a relação entre as duas irmãs e os sentimentos românticos em crescimento entre Catherine e Hal.
in blog casadasartes
A partir da peça de David Auburn, que foi recentemente adaptada para cinema no filme Proof (Entre o Génio e a Loucura) por John Madden, subiu ao palco da Casa Das Artes a versão portuguesa dessa peça, de seu nome, A Prova. Uma produção minimalista do grupo de teatro Jangada Teatro (o mesmo grupo que encenou "os filhos do esfolador" de Valter Hugo Mãe) sob encenação de Jorge Pinto. De facto, quase sem cenário, quase sem jogos de luz e actores visivelmente amadores fazem de A Prova uma das peças mais simples que vi até agora. No entanto, prima sobretudo pelo texto, muito bem escrito e muito bem adaptado, assim como por uma boa interação entre personagens (por vezes não é a melhor, mas lá se vão safando). Denote-se, principalmente, a encenação da peça, com uma boa concepção de tempo e espaço. A música é agradável mas podia surgir em mais oportunidades, para tirar alguma monotonia. No final, saímos bastante satisfeitos com o que vimos. Nada de profissional, é certo, mas justifica bem o preço simbólico do bilhete. Cá esperamos para novas produções! Mais informação sobre esta e outras produções do grupo Jangada Teatro em http://www.jangadateatro.com
Uma pequena apresentação do meu novo filme, a partir do poema homónimo de José Régio. É declamado (narrado) pelo actor João Villaret (em arquivo) e os excertos são da Maria Bethânea. À parte disso, a música (não está no trailer) é da Sydney Pomma ("elle croit") e inclui ainda "Moonlight Sonata" de Beethoven. Fica um agradecimento especialíssimo ao Frederico Corado pela revisão e ajuda disponibilizada.
HUMBERTO DELGADO: OBVIAMENTE, DEMITO-O! Documentários 1958, A saga de Humberto Delgado...
No dia 10 de Maio de 2008 comemoram-se 50 anos sobre o início da Campanha Eleitoral para as eleições de 1958, protagonizada pelos candidato da oposição, General Humberto Delgado, e candidato da União Nacional, Almirante Américo Thomaz. Evocando e reavivando não só os tempos do Estado Novo, e da ditadura de Oliveira Salazar, numa análise crítica actual e despreconceituosa, como sobretudo a personalidade vulcânica e vibrante do “General sem Medo”, como ficou conhecido na História, este documentário recorda um período particularmente quente e significativo da luta política em Portugal, que terá marcado toda a História da segunda metade do séc. XX em Portugal. O documentário procura tornar claro, através de depoimentos e imagens de arquivo, os antecedentes das eleições, o “Estado Novo” durante os anos 30 e 40, a degradação da situação político-social de Portugal em meados dos anos 50, a génese da candidatura do General Humberto Delgado, com particular ênfase na personalidade do candidato. Serrão recuperadas imagens da Campanha que atravessou o País de Norte a Sul, do continente às colónias, documentando os aspectos mais importantes, Lisboa (Chave de Ouro), Porto (Campanhã), Lisboa (Santa Apolónia), Braga, etc. O pacto de Almada, com Arlindo Vicente, o dia das eleições, os resultados e finalmente a burla eleitoral. Uma atenção especial será ainda conferida às consequências da campanha, as posteriores crises estudantis, operárias, militares, a morte de Humberto Delgado e o caminhar, de crise em crise, até ao 25 de Abril de 1974. Entre dezenas de depoimentos inéditos, recolhidos expressamente para este trabalho, contam-se os de Iva Delgado, filha do General, Humberto Rosa, neto, Marcelo Rebello de Sousa, Mário Soares, Ramalho Eanes, Adriano Moreira, Fernando Dacosta, Fernando Rosas, Vasco Lourenço, Pezarat Correia, Otelo Saraiva de Carvalho, António Taborda, Luís Farinha, Maria Barroso, Jaime Nogueira Pinto, Manuel Cavaco, Varela Gomes, Manuel Serra, João Mário Mascarenhas, Joaquim Vieira, Irene Pimentel, etc.
Um documentário de Lauro António Director de fotografia Carlos Cunha e Frederico Corado assistente de realização.
RTP 1: Sábado 10 de Maio - 23:15 RTP Internacional: Domingo 18 de Maio - 21:30 (hora de Lisboa)
Então não há?!?! Fomos poucos mas estivemos até ao fim!
A Casa das Artes de V. N. Famalicão exibiu, numa sessão promovida pelo Cineclube de Joane, um dos grandes clássicos do "spaghetti-western" realizado pelo mestre Sergio Leone. Este mês foi a vez de "The Good, The Bad and The Ugly" (O Bom, O Mau e O Vilão), com Clint Eastwood no papel principal (O Bom).
Foi óptimo rever um clássico como este! Para quem já o conhecia tinha aqui uma oportunidade de o ver no grande ecrã e quem não o conhecia, cedo se demonstrou interessado, cantarolando a banda sonora (dirigida pelo igualmente mestre Ennio Morricone) à media que a mesma se ia ouvindo... Durante quase 3 horas (em versão alargada) somos transportados para o velho Oeste americano, onde somos introduzidos a 3 personagens - o bom, o mau e o vilão. Vamos seguindo o percurso destes 3 personagens que cedo se interliga e culmina num final apoteótico e brilhantemente filmado.
O Mau é mesmo mau! Deixa-se contratar para executar o que quer que seja. É um assassino nato e procura agora um tal Bill Carson. É a todo o custo que o quer encontrar e nada o vai fazer parar. O Vilão não passa de um ladrãozeco pistoleiro. A sua cabeça vale 2,000 USD e nada mais. O Bom é bom, mas à sua maneira. Ganha a vida usando a cabeça. Captura criminosos, entrega-os aos xerifes e recebe a devida recompensa. Quando o vilão capturado é condenado à forca, O Bom consegue-o salvar da pena de morte. Mais tarde, volta a capturá-lo e a entrega-o numa outra cidade para receber de novo a recompensa. Mas a sua perspicácia não deixa O Vilão muito satisfeito e este promete vingar-se.
Cedo descobrimos que o Mau (Angel Eyes) anda atrás de uma avultada quantia de dinheiro (200,000 USD mais concretamente) que está supostamente em posse de Bill Carson. O Bom e o Vilão seguem a sua vidinha, numa disputa e guerrilha interna que mais tarde tomará repercursoes. É nestas avenças e desavenças que encontram Bill Carson em estado crítico. Ao Vilão conta-lhe que o dinheiro está escondido no cemitério de Sad-Hill e ao Bom diz em que campa essa mesma quantia está enterrada. Agora por onde quer que vão. É esta partilha de conhecimento que vai unir o Bom ao Vilão. Cada um com a sua informação guardada a sete chaves prometendo revelarem-se mutuamente só na hora certa. Nisto, e no decorrer de uma guerra civil, estas duas pobres e inocentes criaturas são capturadas e feitos prisioneiros de Guerra. O Mau, ou se preferirem Angel Eyes obtem à força uma confissão do Vilão e logo toma conhecimento do paradeiro dos 200,000 USD. Agora quer fazer parceria com O Bom e dividirem tão bela quantia pela metade. Mas Angel Eyes leva consigo uma equipa de meia duzia de soldados sedentos de dinheiro e poder. E assim decorre este fantastico e complexo enredo, que os leva a um duelo final de cortar a respiração... e mais não digo!
Uma fotografia esplêndida, uma mestria no dominio e controlo da câmara como ninguém. Um dos melhores e mais reconhecidos filmes de Sergio Leone (o grande mestre dos close-ups) é uma obra obrigatória para qualquer cinéfilo. Fica de parabéns o cineclube e a Casa das Artes pela escolha. Foi um óptimo serão!
Após mais de 500 representações, a carreira de "Música no Coração" no Teatro Rivoli acabou no passado dia 4 de Maio.
A 500ª representação de “Música no Coração” foi assinalada, no passado dia 17 de Abril, com uma grande festa que incluiu o descerramento de uma placa comemorativa no salão nobre do Teatro Rivoli.
Todos os intérpretes de “Música no Coração” estiveram presentes na comemoração e em confraternização com o público, incluindo Carlos Quintas que recuperou já de uma intervenão cirúrgica ao coração. Muitas figuras públicas conhecidas quiseram também associar-se a esta grande festa.
“Música no Coração”, que foi galardoado com o Globo de Ouro para o Melhor Espectáculo do Ano e com a medalha de Ouro da cidade de Lisboa, é um sucesso absoluto na mega-produção de Filipe La Féria, tornando-se um dos espectáculos mais populares e que atingiu uma audiência invulgar em Portugal.
"[...] Este musical é lindo e ninguém o deveria perder! [...] tem grandes cenários, grandes roupas, grandes textos e canções, uma grande orquestra, uma grande equipa técnica e sobretudo grandes e talentosos [...]. Para quem viu o musical em Lisboa devo dizer que não hesitem em vê-lo novamente no Porto pois muitas novas surpresas esperam por vocês! Ao Sr. LA FERIA só tenho a agradecer por nunca ter deixado morrer o Teatro e os Actores... Vão ver este espectáculo que ficará para sempre nos nossos corações!!"