O anúncio magistral que reflecte a incidência (e insistência) dos grandes estúdios em publicitarem os seus filmes. Inception - Origem, o novo filme de Christopher Nolan, que estreia já na próxima semana em Portugal, deixa cada vez mais água na boca. Independentemente dos tempos de crise de que se fala, a publicidade é sempre um investimento a ter em conta - os custos chegam, por vezes, a atingir um valor semelhante ao do próprio filme. Este não fugiu à regra, espalhado por vários edifícios nova iorquinos, onde os sonhos tornam-se mesmo realidade.
E porque não trazer um nicho dessa cultura publicitária (e publicista, essencialmente) para a cinematografia portuguesa?
2 comentários:
Porque já mal há dinheiro para fazer os filmes quanto mais para campanhas publicitárias megalómanas.
Mas a questão nem é tanto essa, porque também não precisamos de campanhas desta dimensão.
É preciso divulgação, acima de tudo; é preciso que se façam trailers e que sejam convenientemente transmitidos; é preciso que se criem cartazes e que sejam afixados; é preciso notícias, entrevistas, é preciso suscitar o interesse de todo e qualquer cidadão. O cinema português vive num estado de desacreditação, é um facto e é preciso combatê-lo. E vivemos actualmente num jornalismo da polémica onde o se espera impacientemente pela degradação de uma sociedade.
Não está certo. Há que desenganar as pessoas, há que (voltar a) acreditar. Isso é que está em causa, porque o poder dos média é mais do que muito: de que vale fazer-se um filme se sabemos que está condenado a ficar eternamente nas gavetas dos arquivos?
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