quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Oscars 2010: Sacanas Sem Lei (Inglourious Basterds)

Tal como prometido, dou já por iniciada a primeira referência aos títulos cinematográficos que compõem a lista de nomeados ao Oscar de Melhor Filme para a 82ª Gala. Já havia escrito, apesar de tudo, um pequeno texto, aquando da sua estreia, relativo ao Inglourious Basterds de Quentin Tarantino que acho por bem relembrar aqui, ainda que em carácter sintético.
A versão completa encontra-se aqui mesmo.

"[...] Para que justamente se fale aqui de Inglorious Basterds/Sacanas Sem Lei o melhor é mesmo começar pelo inicio. E o inicio dá-se em 1978 com o filme Italiano Quel Maledetto Treno Blindato de Enzo G. Castellari que recebeu a tradução em Inglês The Inglorious Bastards. [...] Haverá, apesar de tudo, muito pouco a referir neste ponto porque uma coisa pouco ou nada tem a ver com a outra. Desenganem-se pelo título, pela II Guerra como pano de fundo e pelo grupo de Americanos destemidos comum nos dois filmes. Não há intenção alguma de refazer o filme Italiano numa versão Americana, mas também não poderei dizer que o Basterds de Tarantino não poderá ter tido origem no Bastards de Castellari - apenas uma ligeira e saudável inspiração. [...]".

"[...] Sacanas Sem Lei - e digo isto com muita satisfação porque adoro! - tem influências claras em Sergio Leone. É um típico Spaghetti Western de Leone onde os cowboys são substituídos por soldados. Desde o primeiro instante que somos levados a tirar essa conclusão. O genérico, tanto o inicial como o final, e muito particularmente a Banda Sonora que os acompanha são bons indícios disso. [...] Repare-se que o filme começa com as palavras "Once Upon A Time..." (e depois complementadas com "in Nazi Occupied France"), precisamente as palavras que Sergio Leone utilizou para intitular o magnífico clássico Once Upon A Time In The West/Aconteceu no Oeste (1968) e, uma outra sua obra-prima - e um dos meus favoritos - Once Upon A Time In America/Era Uma Vez na América (1984). Além disso, o filme abre com uma cena que em muito remete para o inicio de Il Buono, il Brutto, il Cattivo/O Bom, o Mau e o Vilão (1966), também de Sergio Leone. [...]".

"[...] Fique-se ainda a saber que a estética a que Tarantino nos habituou continua marcada nesta sua grande obra, como de resto era bastante previsível. Fala-se dos planos apertados iguais aos de Sergio Leone - exímia fotografia de Robert Richardson -, da violência quase gratuita, do argumento ponderadíssimo repleto de frases chave e a Banda Sonora escolhida a dedo, muito ao estilo de Kill Bill (2003/2004), mas sempre com o gostozinho a Western Italiano. [...]".

Por último, em título conclusivo e tendo em conta as nomeações com que foi presenteado, a minha aposta recai como possível vencedor de Melhor Actor Secundário (Christoph Waltz) e Melhor Argumento Original (Quentin Tarantino).

4 comentários:

Alessandra Ramos disse...

Uma sensação que o filme me passou de maneira forte e até prevísivel, receio dizer. Foi a de vingança de todas as atrocidades cometidas durante o holocausto.

Astrid disse...

9dades, Helder? Como correram aquelas coisas que tinhas programadas para hoje:)

Beijos, flores e estrelas *****

Astrid disse...

Helder, parabéns. Fico muito, mesmo muito feliz por ti.

Beijos, flores e estrelas *****

Anónimo disse...

hiya


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