Co-produção: Casa das Artes/Teatro Experimental do INA Teatro
Trata-se de uma adaptação à obra, já consagrada no cinema, “The Miracle Worker” de William Gibson.A encenação, direcção artística e adaptação é de João Regueiras. A direcção técnica de Miguel Carvalho. Os figurinos são assinados por Carmen Regueiras assistida por Emília Silva. O elenco é um leque jovem de talentos que prometem dar que falar.
A obra fala-nos de Anne Sullivan Macy (1866–1936). Uma mulher, cuja inteligência, paixão e tenacidade lhe permitiu ultrapassar o seu traumatizado passado.
Filha de imigrantes irlandeses, ela e o seu irmão aleijado e doente Jimmie, viveram assolados pela pobreza e pelos de abusos, infligidos pelo pai, alcoólico.
Aos cinco anos de idade, Anne, é atingida por uma doença infecciosa nos olhos (tracoma), que a deixa quase cega.
Internada num asilo, com muita persistência consegue ser operada aos olhos. Depois, admirados com a sua inteligência, matriculam-na no Perkins Institute for the Blind, uma escola de formação para cegos, onde ela se formou, com distinção em 1886.
Mal acabou o seu curso, foi chamada para educar Helen Keller.
Esta, ainda no berço, aos dezanove meses, teve escarlatina, que a deixou cega, surda e, consequentemente, muda.
Isolada do mundo, durante a sua infância, não se conseguia comunicar com ninguém a não ser através de alguns gestos básicos e tinha ataques de fúria contra tudo e contra todos, o que afectava o ambiente e a harmonia familiar da família Keller.
Para terem um pouco de paz, os pais, com pena da menina, descuraram a sua educação, permitindo-lhe todos os excessos, tornando-a, assim, numa tirana, centro das atenções da casa.
À sua chegada a casa dos Keller, este foi o panorama indisciplinado, com que se deparou Anna Sullivan que, deitando mãos à obra, começou a reeducação de Helen imediatamente.
Pacientemente, Annie, como lhe chamavam, dia a dia, foi revelando a Helen Keller esse mundo do qual ela estava isolada, libertando-a, finalmente, da sua prisão interior.
Teve muitas dificuldades, mas a sua missão teve tanto êxito, que nos dias de hoje, Anna Sullivan é apontada como uma das pioneiras no campo da educação. O seu trabalho foi tão importante, que é a base do ensino para crianças cegas-surdas e mudas no mundo actual.
in blog Casa das Artes
É uma óptima produção independente deste grupo de teatro (amador), e justifica vivamente o preço do bilhete. Bem representado, bem estruturado, bem dirigido, com boa escolha musical e direcção de luz. Efectivamente, existe um ou outro erro ao longo da peça, uma falha técnica aqui, um imprevisto acolá, e nada fica indiferente aos olhos do público, mas nada que não seja passível de ser perdoado.
Espero ver brevemente o filme "The Miracle Worker" para ter uma ideia melhor do que vi e do que foi feito pelo encenador.
Ficarei à espera de novidades deste grupo.
Parabéns a todos pelo bom serão.
A obra fala-nos de Anne Sullivan Macy (1866–1936). Uma mulher, cuja inteligência, paixão e tenacidade lhe permitiu ultrapassar o seu traumatizado passado.
Filha de imigrantes irlandeses, ela e o seu irmão aleijado e doente Jimmie, viveram assolados pela pobreza e pelos de abusos, infligidos pelo pai, alcoólico.
Aos cinco anos de idade, Anne, é atingida por uma doença infecciosa nos olhos (tracoma), que a deixa quase cega.
Internada num asilo, com muita persistência consegue ser operada aos olhos. Depois, admirados com a sua inteligência, matriculam-na no Perkins Institute for the Blind, uma escola de formação para cegos, onde ela se formou, com distinção em 1886.
Mal acabou o seu curso, foi chamada para educar Helen Keller.
Esta, ainda no berço, aos dezanove meses, teve escarlatina, que a deixou cega, surda e, consequentemente, muda.
Isolada do mundo, durante a sua infância, não se conseguia comunicar com ninguém a não ser através de alguns gestos básicos e tinha ataques de fúria contra tudo e contra todos, o que afectava o ambiente e a harmonia familiar da família Keller.
Para terem um pouco de paz, os pais, com pena da menina, descuraram a sua educação, permitindo-lhe todos os excessos, tornando-a, assim, numa tirana, centro das atenções da casa.
À sua chegada a casa dos Keller, este foi o panorama indisciplinado, com que se deparou Anna Sullivan que, deitando mãos à obra, começou a reeducação de Helen imediatamente.
Pacientemente, Annie, como lhe chamavam, dia a dia, foi revelando a Helen Keller esse mundo do qual ela estava isolada, libertando-a, finalmente, da sua prisão interior.
Teve muitas dificuldades, mas a sua missão teve tanto êxito, que nos dias de hoje, Anna Sullivan é apontada como uma das pioneiras no campo da educação. O seu trabalho foi tão importante, que é a base do ensino para crianças cegas-surdas e mudas no mundo actual.
in blog Casa das Artes
É uma óptima produção independente deste grupo de teatro (amador), e justifica vivamente o preço do bilhete. Bem representado, bem estruturado, bem dirigido, com boa escolha musical e direcção de luz. Efectivamente, existe um ou outro erro ao longo da peça, uma falha técnica aqui, um imprevisto acolá, e nada fica indiferente aos olhos do público, mas nada que não seja passível de ser perdoado.
Espero ver brevemente o filme "The Miracle Worker" para ter uma ideia melhor do que vi e do que foi feito pelo encenador.
Ficarei à espera de novidades deste grupo.
Parabéns a todos pelo bom serão.
3 comentários:
Bem, mas que chapada que levou a Sullivan! lol
Um dos grandes momentos... ou terá sido antes, o momento que uma das actrizes deixa cair a tesoura, podendo provocar um grave acidente ocular?
Agora fiquei na duvida... lol
Fora de brincadeiras, tirando um ou outro imprevisto correu tudo bem...
Mas para que comentar quamdo o teu post retrata muito bem o que foi a peça... "um bom serão" (também por dois euros, não se podia pedir mais)!
ah, é verdade, és uma vergonha... um critico de cinema que ainda não viu o filme "There will be blood"...
sem comentários!
lol
Primeiro, não sou crítico. Espero até vir a ter uma relação mais profunda com o cinema do que meramente pela crítica.
Segundo, tens razão. Ainda não vi o filme mas irei vê-lo assim que tenha tempo. As coisas andam apertadas...
Quanto à peça, não esquecendo que também tenho de ver o "The Miracle Worker", considero a queda da tesoura em cima da rapariga (e do respectivo olho) como um momento altamente estudado e controlado. Ou terá sido pura sorte?
Isto de se ficar na 2a fila tens as suas vantagens...
abraço
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