Salt
de Philip Noyce
Parece ser a pergunta mais óbvia: quem é Salt? O novo filme de Philip Noyce, ontem estreado em Portugal, levanta frequentemente essa questão, ou não seria esse o verdadeiro propósito do filme - uma interessante e curiosa trama de espionagem e acção, maravilhosamente encabeçada por Angelina Jolie, bem ao gosto de James Bond.
Evelyn Salt, agente da CIA, é suspeita de colaborar com a Rússia, esperando o momento do ataque, conhecido como Dia X, em solo americano desde que para lá foi enviada, ainda criança. A um ritmo acelerado e entusiástico, a trama desenvolve-se e revela-se mais misteriosa do que aparenta, um facto já comum em filmes do género. Contudo, Salt difere pela feminilidade e ganha (muito) com isso. Mais do que questões políticas, que podiam, ou não, ser verdade - não importa - o filme centra-se em Salt, Evelyn Salt, na sua história, enquanto mulher e máquina de guerra, única e a melhor do seu tipo. Sem nunca perder a elegância (e beleza), joga com o que tem à mão, vive o impulso, mas pondera, estuda e acaba sempre por vencer. Assim funciona Salt, sempre fiel aos seus instintos, lutando por aquilo para que foi treinada, mas acima de tudo lutando pela justiça.
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