Caiu sobre mim a multidão em sombra. Impossível contar-te do mal que em mim habita. Uma e outra vez a sinto, essa palavra escondida, secreta, maldita. Magoado no intento, procuro justificação na tuas acções, ou reacções. E escuto-te, atento-te e envergonho-me quando me dizes que não passa disso, essa palavra custosa de ouvir, mas real.
Carga sofredora. Imunda estupidez que me rodeia e me envolve. Uma e outra vez, farto dos meus lamúrios, caio na desgraça que me é devida e choro, e choro desconsoladamente por ti. Mártir dos meus sentimentos, ou pensamentos, de quem verdadeiramente sou, estagno e perco-te na imensa absorção da minha solidão. Encontro-te, contudo, naquela palavra que não me larga, descola, desprega.
Continuas aí, tu, sempre tu, só e unicamente tu. Igual ao que sempre foste, tens sido e ao que serás, porque vejo-te assim, a tua singularidade emotiva, afectiva. Urges na dissipação, completa, das amarguras proferidas, dirigidas, a mim talvez, se assim o dizes. Mais ainda, na preocupação remota dessas palavras, procuras a redenção onde ela já não existe. E eu digo-te que sim, sim, sim, envolto naquele medo assombrado por uma rude palavra que jamais ouso dizer, porque assim me impeliste.
Conto-te agora, a ti e a mais alguém, a quem assim o desejar, deste mal estar. Infortúnio, direi, dirás, quiçá. Uma e outra vez, se assim o precisar, conto e reconto a nossa história, esta, assim o verás. Medo, talvez, anseio, talvez mais, por essa palavra, palavrinha miudinha, mesquinha, que deu azo a quem agora sou, a quem somos, não? Escondida nos cantos, recantos, deste conto que agora conto.
Conseguirás tu, quem mais senão tu, desvendar essa palavra recusada, excluída do meu vocabulário, dicionário. Intenta, ousa, usa, abusa disto que te digo. Uma e outra vez envolve e revolve, continuamente, compassadamente, como isto que te mostro, envergonhadamente. Mergulha nas frases, palavras, letras, porque admiti-lo está fora das minhas capacidades, liberdades que não sinto, limites que me prendem. Escuta-me, atenta-me, esta é a minha redenção, perdão, escondido, recolhido, mas à frente, de ti, de mim, simplesmente, sinceramente.
Carga sofredora. Imunda estupidez que me rodeia e me envolve. Uma e outra vez, farto dos meus lamúrios, caio na desgraça que me é devida e choro, e choro desconsoladamente por ti. Mártir dos meus sentimentos, ou pensamentos, de quem verdadeiramente sou, estagno e perco-te na imensa absorção da minha solidão. Encontro-te, contudo, naquela palavra que não me larga, descola, desprega.
Continuas aí, tu, sempre tu, só e unicamente tu. Igual ao que sempre foste, tens sido e ao que serás, porque vejo-te assim, a tua singularidade emotiva, afectiva. Urges na dissipação, completa, das amarguras proferidas, dirigidas, a mim talvez, se assim o dizes. Mais ainda, na preocupação remota dessas palavras, procuras a redenção onde ela já não existe. E eu digo-te que sim, sim, sim, envolto naquele medo assombrado por uma rude palavra que jamais ouso dizer, porque assim me impeliste.
Conto-te agora, a ti e a mais alguém, a quem assim o desejar, deste mal estar. Infortúnio, direi, dirás, quiçá. Uma e outra vez, se assim o precisar, conto e reconto a nossa história, esta, assim o verás. Medo, talvez, anseio, talvez mais, por essa palavra, palavrinha miudinha, mesquinha, que deu azo a quem agora sou, a quem somos, não? Escondida nos cantos, recantos, deste conto que agora conto.
Conseguirás tu, quem mais senão tu, desvendar essa palavra recusada, excluída do meu vocabulário, dicionário. Intenta, ousa, usa, abusa disto que te digo. Uma e outra vez envolve e revolve, continuamente, compassadamente, como isto que te mostro, envergonhadamente. Mergulha nas frases, palavras, letras, porque admiti-lo está fora das minhas capacidades, liberdades que não sinto, limites que me prendem. Escuta-me, atenta-me, esta é a minha redenção, perdão, escondido, recolhido, mas à frente, de ti, de mim, simplesmente, sinceramente.
J.L.