Temos nós, Portugueses, a infelicidade de receber muitos desses filmes com um atraso significativo. Por vezes chegam cá mesmo em cima da hora, mesmo a tempo de os vermos antes do veredicto final da Academia. Outras vezes, quase sempre, a febre e o entusiasmo escapam-nos e só temos oportunidade de os ver quando meio mundo já o tiver feito. Não ponhamos sequer em causa este assunto! É bom quando a lista dos nomeados vem cá para fora e a gente conhece os filmes. É mau quando essa mesma lista é divulgada e os nomes nos passam completamente ao lado.
Curiosamente, este ano não se justifica o lamento sobre o assunto. Os nomeados saíram e os filmes estão cá, prontos a serem vistos. Bem, alguns...
Mas vamos lá ao que interessa.
Começamos, então, por "O Estranho Caso de Benjamin Button", o grande filme do ano, com 13 grandes nomeações, tudo em grande, menos o filme! A partir de um conto de F. Scott Fitzgerald, David Fincher traz uma adaptação moribunda e deprimente da história de Benjamin, um rapaz que nasce velho e que caminha para a juventude com o passar do tempo. É um filme sobre a vida, sobre a felicidade de termos alguém, sobre a infelicidade de não termos ninguém, seja do início para o fim, seja do fim para o início. Já Murphy dizia que se tiver de correr mal, então vai correr mesmo mal, no matter what...
Mas "O Estranho Caso de Benjamin Button" quer ser muito mais do que isso, ou pelo menos dá a entender que sim. Anúncia-se um desastre, o Katrina, eminente, a Daisy, coitada, a morrer de agonia. Para uns, o fim está próximo. Para outros, é o inicio que se deve temer.
Nunca tive muitas dificuldades em dar uma interpretação às coisas, mas este Benjamin é muito enigmático. Sabemos bem que algo mais está para além do que conseguimos ver mas, chegar a essa tal coisa não é tão fácil como se pensa.
É um bom filme, excelente música, excelente fotografia. Não tenhamos dúvidas que merece bem a nossa atenção, mas não creio que mereça as 13 atenções da Academia - algumas só.
Parece-me a mim, no entanto, que o grande problema até nem está no filme. O problema é comum a muitos outros bons filmes, cuja especulação fazem deles o que verdadeiramente não são. E, sabemos já nós, quanto mais se sobe maior é a queda. Quero com isto dizer que, e passo a citar uma certa e determinada pessoa ainda que não o tenha dito dentro deste contexto, "o diz-que-disse tão típico dos tablóides e das revistas cor-de-rosa" fazem-nos especular e esperar tanto de um filme que, quando o acabamos por ver, acaba por não ter metade do impacto que estávamos à espera!
É o mal da coisa.
Woody Allen também marca a sua presença, já a começar o ano, com "Vicky Cristina Barcelona". Uma comédia, claro, bem ao seu estilo, atrevida q.b.. Depois de Nova Iorque e de Londres, a cidade inspiradora é Barcelona, com algumas fugidas a Oviedo que vão mudar, e que mudança!, as vidas de Vicky e de Cristina.
São duas amigas, Vicky, apreciadora da boa arte de Gaudi, comprometida, e Cristina, aspirante a realizadora e com uma velha paixão pela fotografia que vai redescobrir com a viagem. Decidem então passar uma bela temporada em Barcelona e aproveitar uns bons momentos enquanto solteiras. Ficam em casa de amigos que as levam à abertura de uma exposição de pintura e assim conhecem o autor, Juan Antonio, que lhes promete uns dias em Oviedo e uma noite de sexo desenfreado a três.
São amigas, é certo, mas a reacção que tiveram à proposta é bem diferente. Uma diz que sim, outra diz que não, mas lá acabam mesmo por aceitar o convite, uma excitada, outra enfurecida. Como acaba? Precisamente da maneira que não estávamos à espera.
No meio disto tudo, vem-se ainda a saber da frustração amorosa de Juan Antonio por Maria Elena. Tão frustrado, o senhor, que não pára de falar nela, em tudo o que faz pensa nela, em tudo o que vê está lá ela; é Maria Elena para cá e Maria Elena para lá. E sabe mesmo bem apreciar esta série de eventos tão...., tão...., tão diferentes e Woody Allan-escos. Peço desculpa mas não encontro melhor para me justificar.
Não é um filme que esteja na lista dos grandes nomeados mas a Penélope Cruz enquadra-se muito bem como concerrente ao Prémio.
Não será um filme que marcará a entrega dos prémios mas que merece a nossa atenção, disso não duvidem!
Acabadinho de sair por cá está também o novo filme de Sam Mendes, "Revolutionary Road" que, à falta de melhor, anunciam ser o filme que traz o inevitável encontro de Leonardo Dicaprio e de Kate Winslet à contracena.
Se há coisa que o filme tem de mau é a publicidade e o trailer!
Mas eu quero lá saber se é a primeira ou segunda vez que eles voltam a contracenar depois do grande sucesso que foi "Titanic"! E, já agora, porque não falam os tais "tablóides" e "revistas cor-de-rosa" da Kathy Bates??!! Uma excelente atriz, que eu admiro, fez o papel de Molly Brown no "Titanic", contracenou com o DiCaprio, contracenou com a Kate Winslet e volta a contracenar com os dois neste filme! Ah-ah! Estão a ver? Não são só aqueles dois que se voltam a juntar! Mas da Kathy Bates não querem eles saber...
Mas, retomando, lá vi este filme com algum receio porque o trailer não me pareceu o melhor para o promover. É desinteressante e não explica aquilo que o filme é.
Pois bem, "Revolutionary Road" surpreendeu-me bastante, tendo em conta as minhas expectativas. Sam Mendes, neto de um Português, diga-se, explora aqui um tema que não é novo no Cinema. Década de 50, os electrodomésticos a revolucionar as casas dos Americanos, a bela e bonita vida nos subúrbios, igual a todos os outros, a felicidade espelhada da porta para fora e uma desgraça e infelicidade da porta para dentro. Pessoas que vivem a vida que não querem só para não parecerem mal e para agradarem os outros.
É disto que trata o filme e é disto que a família Wheeler não tolera. De um emprego igual a muitos outros que se odeia, de uma casa igual a muitas outras que se odeia, de uma família igual a muitas outras que se odeia, de uma vida igual a muitas outras que se odeia!
Deste ponto, a história toma um rumo que já não é assim tão comum no Cinema. Ela, exemplar esposa que passa a vida a imacular a casa, a propósito de uma velha fotografia, tem uma ideia capaz de Revolucionar a vida daquela família. Paris. Viver para Paris parece ser a solução para tantos males. Mudar de vida, mudar de emprego, mudar de vizinhos. Tudo tem benefícios.
Apesar de espantado e receoso, Frank (DiCaprio) lá aceita a proposta de April (Winslet), sua esposa, e lá decidem os dois em contar aos vizinhos e amigos da decisão: deixar a odiosa vida que levam e passar a ter uma vida que merecem e anseiam.
Claro que as más línguas e a mesquinhice dos mais próximos dizem que sim e apoiam a decisão mas, nas costas, acham-nos infantis e que aquilo não vai dar em nada. Feitas as contas, só o filho anormal e psicopata da vizinha Mrs. Helen Givings (Kathy Bates!!!!) tem a capacidade de compreender este casal, apoiando-os, de coração, na decisão tomada.
Será esta sociedade ainda mais retardada mentalmente que o psicopata do filho da outra para perceber que cada um deve viver da maneira que bem entender?!
No decorrer de tudo isto, a felicidade acaba mesmo por bater à porta daquela família. Mas, ironicamente, é essa mesma felicidade que vai regredir e voltar a ser o que era.
"Revolutionary Road" é um excelente filme cheio de pequenos pormenores e indicações. Cheio de pequenas revoluções, digo. É muito bem filmado, um belo guarda-roupa e cenários muito fiéis à época em que se inserem. A Kate Winslet é fenomenal e torço para que receba o Óscar! Já é tempo disso e este filme não o podia justificar melhor, apesar de estar nomeada pelo "The Reader", um dos que ainda não chegaram cá e que eu também anseio em ver.
O veredicto final é esse mesmo. Um filme a ver, simples, é certo, mas bem bom!
"Frost/Nixon" foi outra das minha grandes surpresas. Baseado no escândalo "Watergate" que assombrou a presidência de Richard Nixon, levando que o mesmo resignasse o cargo em 1974, o filme retrata e recria uma série de entrevistas deixadas pelo Presidente, já aposentado na sua "La Casa Pacífica", ao apresentador de programas de variedades David Frost.
São dois frustrados que se complementam, a bem dizer, claro, um como apresentador de televisão e outro como ex-Presidente. Ambos querem voltar ao activo que lhes compete e aproveitam-se mesmo destas entrevistas para mostrarem aquilo que valem.
Assim, David Frost tenta fazer de tudo para conseguir as entrevistas e chega mesmo a pagar do seu bolso as quantias absurdas que o Sr. Nixon pede. Contrata equipas de investigadores para conseguir tirar o máximo partido, i.e., esturquir o máximo de informação possível, das entrevistas compradas. Por outro lado, Nixon, dotado com o dom da palavra, vê aqui uma oportunidade de convencer os Americanos que não foi tão mau presidente quanto possam pensar.
As entrevistas consistiam em 4 sessões, duas horas cada uma, sendo que apenas uma delas era deixada para abordar o caso Watergate. Infeliz do Sr. Frost, que nas três primeiras sessões se deixa levar pela lábia do Presidente, vê no caso Watergate a última oportunidade de tornar as suas entrevistas favoráveis para o seu lado.
É um filme muito intenso, com muito suspense, muito escândalo político, baseado numa peça de teatro que, curiosamente, foi interpretada pelos mesmos actores deste filme. Frank Langella é do melhor que há e, falando em Óscars, vai para ele a minha aposta. É, efectivamente, um daqueles filmes feito de actores. Um erro mínimo nessa área tornaria este filme desinteressante. Coisa que não acontece. Para além de Frank Langella, Michael Sheen, ainda pouco visto no grande ecrã, faz um Frost perspicaz e que sabe muito bem o que quer e como enfrentar Nixon. "Um oponente à altura", como disse Nixon.
A banda sonora não é de se descartar, de Hanz Zimmer, assim como a supreendente realização de Ron Howard, ainda que não esteja na minha lista de preferidos, nem por sombras. Mas é, de facto, um filme muito bem construído, a acção muito bem contada e, muito bem feitas estão também as cenas em que os actores, enquanto personagens, dão entrevistas e respondem sobre os factos, ainda que ficcionalmente. Não sei se isto estava previsto na peça de teatro mas, que fica muito bem e ajuda na credibilidade, lá isso não duvidem.
Por isso, "Frost/Nixon", que tanto fala da América e dos Americanos é um sério candidato ao Óscar se bem que, na minha opinião, não sairá vencedor nessa categoria.
"Australia" será a minha última referência («finalmente!», pensam vocês, fiéis leitores, «este gajo nunca mais acaba!») desta temporada cinematográfica. É realizado por Baz Luhrmann, por quem eu nutro um gosto especial pelo seu estilo muito peculiar nos filmes que apresenta. Penso que, por grande pena minha, "Australia" não é uma feliz aposta deste realizador como foi "Moulin Rouge" ou "Romeu+Julieta".
Começa muito bem, o filme, belos planos, paisagens bem aproveitadas (excelente fotografia) e muita magia à mistura. É a história de um indígena Australiano que nem é branco nem é preto. É mestiço! E assim se resume a sua infelicidade.
A história é muito diversificada, começa com um sentido mas acaba noutro o que, à partida, não será assim tão mau. O problema é que se torna desinteressante e, ao fim das quases 3 horas, a gente fica um nadinha saturada de tanta Austrália, se é que me faço entender. Diria que começa bem e acaba bem, lá para o meio é que a coisa perde e deixa de ser um típico filme do Baz Luhrmann.
De romantismo não tem muito. De pirosismo não lhe falta. Tem alguma comédia que cai muito bem no filme, mas prima muito pela presença do miúdo indígena que vai muito bem e adiciona uma boa dose de misticismo em toda a história. Do resto dos actores nada sobressai, em particular, daí que não me espanta minimamente que só tenha recebido uma nomeação para o guarda-roupa (uma grande mais valia) mas, se fosse eu, não me punha com grandes esperanças com adversários como "The Duchess" (mais um a ver) ou até mesmo "Revolutionary Road".
A lembrar fica também a tentativa falhada de um plano igual que vemos em "Gone With The Wind" (!) Eu só não digo que se trata da cópia mais rasca de um plano na história do cinema porque creio não ter visto todas as cópias que o plano original deve ter sido alvo!
Mas, vendo bem as coisas, "Australia" é um típico filme de opiniões muito díspares. Ou se gosta muito ou não se gosta nada. Eu vou mais por não gostar nada mas admito que o filme tem as suas qualidades e não retiro a opinião que tenho de Baz Lhurmann. Continuo a gostar do seu trabalho e continuo à espera de ver mais (e melhor, de preferência).
Pois é, meus amigos, o Cinema está mesmo na sua época alta e ainda faltam alguns filmes para ver até à entrega dos Óscars, que deve ser lá para o final de Fevereiro. "Slumdog Millionaire" e "Milk" estrearão nas nossas salas na semana que vem, se não estou em erro, dos quais mencionarei aqui uma ou outra coisa, oportunamente.
Aproveitem, no entanto, esta época cinematográfica que tão cedo não vemos outra igual.
Se vale a pena? Upa-upa!! Se vale. Já lá dizia o outro que "tudo vale a pena se a alma não é pequena", ou, se preferirem a versão mais moderna, "tudo coiso e tal se a alma tal e coiso".
São dois frustrados que se complementam, a bem dizer, claro, um como apresentador de televisão e outro como ex-Presidente. Ambos querem voltar ao activo que lhes compete e aproveitam-se mesmo destas entrevistas para mostrarem aquilo que valem.
Assim, David Frost tenta fazer de tudo para conseguir as entrevistas e chega mesmo a pagar do seu bolso as quantias absurdas que o Sr. Nixon pede. Contrata equipas de investigadores para conseguir tirar o máximo partido, i.e., esturquir o máximo de informação possível, das entrevistas compradas. Por outro lado, Nixon, dotado com o dom da palavra, vê aqui uma oportunidade de convencer os Americanos que não foi tão mau presidente quanto possam pensar.
As entrevistas consistiam em 4 sessões, duas horas cada uma, sendo que apenas uma delas era deixada para abordar o caso Watergate. Infeliz do Sr. Frost, que nas três primeiras sessões se deixa levar pela lábia do Presidente, vê no caso Watergate a última oportunidade de tornar as suas entrevistas favoráveis para o seu lado.
É um filme muito intenso, com muito suspense, muito escândalo político, baseado numa peça de teatro que, curiosamente, foi interpretada pelos mesmos actores deste filme. Frank Langella é do melhor que há e, falando em Óscars, vai para ele a minha aposta. É, efectivamente, um daqueles filmes feito de actores. Um erro mínimo nessa área tornaria este filme desinteressante. Coisa que não acontece. Para além de Frank Langella, Michael Sheen, ainda pouco visto no grande ecrã, faz um Frost perspicaz e que sabe muito bem o que quer e como enfrentar Nixon. "Um oponente à altura", como disse Nixon.
A banda sonora não é de se descartar, de Hanz Zimmer, assim como a supreendente realização de Ron Howard, ainda que não esteja na minha lista de preferidos, nem por sombras. Mas é, de facto, um filme muito bem construído, a acção muito bem contada e, muito bem feitas estão também as cenas em que os actores, enquanto personagens, dão entrevistas e respondem sobre os factos, ainda que ficcionalmente. Não sei se isto estava previsto na peça de teatro mas, que fica muito bem e ajuda na credibilidade, lá isso não duvidem.
Por isso, "Frost/Nixon", que tanto fala da América e dos Americanos é um sério candidato ao Óscar se bem que, na minha opinião, não sairá vencedor nessa categoria.
"Australia" será a minha última referência («finalmente!», pensam vocês, fiéis leitores, «este gajo nunca mais acaba!») desta temporada cinematográfica. É realizado por Baz Luhrmann, por quem eu nutro um gosto especial pelo seu estilo muito peculiar nos filmes que apresenta. Penso que, por grande pena minha, "Australia" não é uma feliz aposta deste realizador como foi "Moulin Rouge" ou "Romeu+Julieta".
Começa muito bem, o filme, belos planos, paisagens bem aproveitadas (excelente fotografia) e muita magia à mistura. É a história de um indígena Australiano que nem é branco nem é preto. É mestiço! E assim se resume a sua infelicidade.
A história é muito diversificada, começa com um sentido mas acaba noutro o que, à partida, não será assim tão mau. O problema é que se torna desinteressante e, ao fim das quases 3 horas, a gente fica um nadinha saturada de tanta Austrália, se é que me faço entender. Diria que começa bem e acaba bem, lá para o meio é que a coisa perde e deixa de ser um típico filme do Baz Luhrmann.
De romantismo não tem muito. De pirosismo não lhe falta. Tem alguma comédia que cai muito bem no filme, mas prima muito pela presença do miúdo indígena que vai muito bem e adiciona uma boa dose de misticismo em toda a história. Do resto dos actores nada sobressai, em particular, daí que não me espanta minimamente que só tenha recebido uma nomeação para o guarda-roupa (uma grande mais valia) mas, se fosse eu, não me punha com grandes esperanças com adversários como "The Duchess" (mais um a ver) ou até mesmo "Revolutionary Road".
A lembrar fica também a tentativa falhada de um plano igual que vemos em "Gone With The Wind" (!) Eu só não digo que se trata da cópia mais rasca de um plano na história do cinema porque creio não ter visto todas as cópias que o plano original deve ter sido alvo!
Mas, vendo bem as coisas, "Australia" é um típico filme de opiniões muito díspares. Ou se gosta muito ou não se gosta nada. Eu vou mais por não gostar nada mas admito que o filme tem as suas qualidades e não retiro a opinião que tenho de Baz Lhurmann. Continuo a gostar do seu trabalho e continuo à espera de ver mais (e melhor, de preferência).
Pois é, meus amigos, o Cinema está mesmo na sua época alta e ainda faltam alguns filmes para ver até à entrega dos Óscars, que deve ser lá para o final de Fevereiro. "Slumdog Millionaire" e "Milk" estrearão nas nossas salas na semana que vem, se não estou em erro, dos quais mencionarei aqui uma ou outra coisa, oportunamente.
Aproveitem, no entanto, esta época cinematográfica que tão cedo não vemos outra igual.
Se vale a pena? Upa-upa!! Se vale. Já lá dizia o outro que "tudo vale a pena se a alma não é pequena", ou, se preferirem a versão mais moderna, "tudo coiso e tal se a alma tal e coiso".